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18.5.04

E se pedirmos por favor? 

Acredite-se ou não, as "Festas vêm aí...", outra vez!
Esta exclamação porque quem tem acompanhado o período das Festas de Lisboa tem também verificado que em todos os anos altera-se a comunicação e divulgação das mesmas. Terei que admitir que defendo um valor de continuidade, ou no mínimo uma presença visual que aponte para uma identificação, ou da cidade ou do evento. Mas de todas as campanhas, de todas as ideias, de todas as estratégias, alguém (na Egeac?) escolheu a menos feliz de todas.
O ano passado foi apresentada uma imagem que divulgou o evento, tratava-se de uma sardinha isolada num mupi quando tinhamos sorte, ou uma quantidade delas que "voava" pela cidade de cartaz em cartaz, para nosso azar. Pois é esta que parece ser a comunicação deste ano. Pelo menos é o que dá para perceber pelos postais que já circulam pela capital.
Ora eu quer-me parecer que será objectivo das entidades ligadas ao evento trazerem o maior número de pessoas possível, não só residentes mas sobretudo habitantes da periferia, turistas, quem sabe aproveitar o ambiente gerado pelo Euro 2004 e que fará permanecer cá tanta gente. Deduzo eu, até poderei estar a ser ingénuo, que faria sentido comunicar esse sentimento de "festa", o que talvez não se coadune com ver uma sardinha meio-morta (não interessa de quantas cores a pintam). Outra coisa será que esses mesmos responsáveis talvez quisessem que todos entendessem que essas mesmas Festas se passam de facto em Lisboa. Eu, quando me falam de galos, lembro-me de Barcelos; quando me falam de sardinhas, lembro-me de Setúbal. Creio que até nem há estatísticas sobre as Festas, era possível descobrir que até se come mais entremeada... mas isso também não deve interessar.
Incomoda-me que na comunicação não exista uma ligação aos verdadeiros factores que movem e que inclusivé, lhe dão nome. O exemplo que me parece mais óbvio será o das Marchas. Que um acontecimento como este até nem precise de muita divulgação, dado o seu conhecimento, tradicionalismo, etc, aceita-se. Mas julgar que por isso não é necessário renovar a celebração e fazer todos acompanhá-la, soa-me a leviano.
Não sei quem concebeu a campanha de 2003, mas este ano o postal já vem assinado "Silva!Designers". Conhecidos que são os trabalhos que o Jorge Silva tem tido nos últimos anos, dá vontade de perguntar: Não se arranjava nada melhor?

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