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13.2.04

Ricos clientes... 

Há um certo mal estar próprio de quem trabalha na área artística e da comunicação visual. Algo que dificilmente se encontra em outras áreas de actividade. Suponho que seja a constante pressão. Basta pensar na quantidade de pessoas, que estando envolvidas em determinado projecto, hão-de sempre opinar sobre o trabalho do comunicador visual.
Gosto sobretudo do papel do cliente neste processo. Imagino-o sempre a dirigir-se ao médico.
Quando um cliente se dirige a um médico, sugere-lhe o que fazer? Que procedimentos deve tomar? Que objectos deve utilizar? E quando vai ter com o advogado, ordena que estratégia utilizar? Que medidas deve evocar? Vamos lá a ser correctos! Não me ocorrem episódios de exigência de horários a médicos, advogados e demais profissões mais consagradas por estes lados.
É certo que em Portugal há a mania de ser treinador de bancada e que isso tende a espalhar-se pelas várias áreas do saber. Mas e então o Estado anda a formar profissionais no sector das Artes Plásticas, do Design, da Comunicação e por aí fora, para quê? Qual é o propósito disso, se em termos práticos ainda todos desconfiam das certezas, do conhecimento, da formação desses mesmos profissionais?

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